O BAÚ DE AÇO

São cinco contos que narram estórias da cidade (Lisboa). Século XX. Anos quarenta e seguintes. Estórias que se entrelaçam entre si. O primeiro conto exprime o que é viver sob estigma, por se ser malnascido. A solidão impõe-se como vontade própria. Depois, protesta e vinga-se esperando pela morte e por tal sorte. Da vida ficam apenas relíquias enclausuradas em enorme baú de aço que alguém irá descobrir. A segunda estória revela a repulsa por um poder imposto por aqueles que são o garante de uma ordem que submete. A sensibilidade contrária é dada por duas mulheres na defesa de quem lhes é querido. O terceiro constata como tudo é efémero. Quando alguém, de surpresa, deixa de viver e faz recordar o passado, não impedindo a vida de continuar, sob pilares construídos e em perfeito secretismo. O quarto conto descreve a revolta de uma mulher da melhor sociedade açoriana que defende a emancipação fora dos bons costumes da época. O quinto é a antecâmara dos dias de hoje onde a cibernética está destruindo a humanidade. Um homem bom que julgava estar no centro do seu mundo, com os seus heróis, veio a ser vencido por um semáforo. Um monstro de três olhos, como dizia.