O Homem Dormente

"Uma viagem às dormências do Homem, da espiral da demência do crescimento, à aprendizagem temente da vida na esperança do amor"

De meus olhos tristes me despeço dos meus e do Deus que nesta hora, embora, tudo me faça lembrar tudo o que queira esquecer. A saudade premente que do escuro me tente luzes apagadas fazer atravessar, montes pelados escalar e verdades tristes perder. Mágoas de vida de dívida nunca cobrada, juros de mora da morte vindoura. Todos iremos pagar amanhã ou agora. Vida curta vida longa, gozada apenas se vivida. Chão de flores e céu de amores, ferida aberta que sangra das dores de no desconhecido procurar a saudade do conhecido. De no certo teimar em encontrar o errado. De o vivo perceber melhor depois de morto. Por no feliz procurar motivos para viver infeliz. Por caminhos descobertos encontrar trilhos cobertos de dor, dos amores hoje cobertos das flores deste meu cinzento céu. Olho o céu para te encontrar mas só vejo o véu que cobre as melhores estrelas e as melhores luas dos melhores planetas, e as melhores dessas imagens como rios que transbordam das margens me fazem crer que não é no céu que te devia procurar, mas no réu, que nesta terra deixaste por amar.